Arquipélago que se estende por mais de 800 quilômetros de águas transparentes, azul-turquesa e verde esmeralda: isso é Bahamas. São 700 ilhas – incluindo ilhotas desabitadas e grandes rochedos – e 300 mil habitantes descendentes de africanos da África Ocidental, trazidos como escravos até 1834, e de colonos ingleses que emigraram das Bermudas em 1647 em busca de liberdade religiosa. Alguns também estão ligados aos que fugiram do Sul dos Estados Unidos durante a Guerra da Independência e construíram enormes plantações nas Bahamas. Como ficam localizadas próximas da Flórida e em rotas de navegação bastante percorridas, ao longo dos séculos essas ilhas chamaram a atenção de exploradores, colonos, invasores e mercadores. Todas essas pessoas moldaram a rica história das Bahamas e tornaram o país o que ele é hoje. Assim, cada ilha tem seus traços particulares que vão além da geografia.
Nassau é a capital das Bahamas e fica na ilha de New Providence – vizinha de Paradise Island. A herança das duas remonta aos tempos de piratas e do naufrágio do lendário pirata Barba Negra. A cidade preservou mansões coloniais, catedrais, fortalezas seculares e ainda tem a Escadaria da Rainha, com 66 degraus que levam a uma vista que ninguém deveria perder. Paradise Island está ligada à cidade de Nassau por duas pontes e desenvolveu-se exclusivamente para atender turistas: abriga resorts, hotéis, restaurantes, lojas e até campo de golfe, aquário e cassino. Uma visita a Nassau pode começar com uma caminhada pela histórica Bay Street – a rua principal. Calçadas de tijolos, lojas, bares, cafés, restaurantes e prédios históricos dão a sensação de estar em uma cidade de brinquedo. Para realmente apreciar a cidade e conhecer seu passado é bom ir até a Rawson Square , que fica em frente ao cais Prince George Wharf – que recebe os navios de cruzeiro. Lá se encontram também vários prédios históricos. A história e cultura das Bahamas continuam se apresentando na Igreja Batista Bethel, cujo fundador é Prince Williams, um ex-escravo da Carolina do Sul. Ela já enfrentou vários furacões desde sua construção em 1866. A Catedral da Igreja de Cristo, construída em 1841, tem nas paredes placas que mostram as dificuldades que os cidadãos de Nassau enfrentaram ao longo dos anos. Dizem que é a primeira igreja construída nas Bahamas, mas há controvérsias. Entre os fortes, os mais interessantes são o Forte Charlotte, o maior da ilha, construído em 1787, que tem fosso, calabouços, passagens subterrâneas e 42 canhões; e o Forte Fincastle, construído em 1793, que tem o formato da proa de um navio. É possível chegar a ele pela Escadaria da Rainha. História interessante tem o Graycliff Inn and Restaurant (pousada e restaurante). Fica em uma mansão histórica construída pelo capitão John Howard Graysmith nos anos 1740. Esse corsário aposentado se estabeleceu em Nassau em 1726 após seu navio afundar na costa de New Providence. Em 1844, o prédio se tornou a primeira hospedaria de Nassau para, durante a guerra civil americana, servir como refeitório dos oficiais para o Regimento das Índias Ocidentais. Até seu porão foi usado: serviu como prisão para prisioneiros de guerra. Dos personagens que passaram por aqui vale ser citada a Srta Polly Leach, uma amiga do gângster americano Al Capone e que já foi proprietária do Graycliff. A Biblioteca Pública e o Museu de Nassau ficam num prédio de 1797 e que já foi cadeia. Dá para circular pelas celas – que hoje estão repletas de livros – e conhecer uma coleção de impressos históricos, antigos documentos coloniais e artefatos dos índios Arawak. No Museu Pompey da Escravidão e Emancipação o acervo é dedicado à interpretação da escravidão. Fica justo na Vendue House, o antigo mercado de Nassau onde escravos eram vendidos no século 18. No alto de uma ribanceira com vista para o porto ficam os Claustros. Local popular para cerimônias de casamento, é especialmente belo quando iluminado à noite. Monges agostinianos franceses construíram a estrutura de pedra no século 13 e, nos anos 1920, William Randolph Hearst comprou os Claustros, os desmontou e os levou para os Estados Unidos, onde as pedras ficaram guardadas em um depósito por anos porque os empreiteiros não tinham as plantas necessárias para remontar a estrutura. Huntington Hartford – o milionário que desenvolveu a estrutura imobiliária de Paradise Island – comprou a estrutura e a reconstruiu na ilha em 1962. Ela fica situada nos Versailles Gardens, jardins espetaculares que abrigam estátuas de bronze e mármore – como um Hércules em tamanho natural esculpido na Grécia no século 12 – fontes, espelhos d’água e cascatas. Praias – Águas azuis, verdes e transparentes... como ir para as Bahamas e não aproveitar seu principal atrativo? A área de Esplanada Ocidental, também chamada de “Long Wharf” (longo cais) fica perto do Centro de Nassau e do ancoradouro de navios de cruzeiro. É onde se realizam os festivais anuais das férias de primavera. Em qualquer sábado, lá estão os bahamenses fazendo churrasco e piqueniques. Goodman’s Bay é uma praia popular que possui banheiros e instalações de recreação para crianças. Saunders Beach é delineada por grandes árvores. Orange Hill Beach é uma pequena e simpática praia de apenas 800 metros. Há outras como Sandyport Beach, ligada por uma pequena ponte ao novo empreendimento turístico e residencial de Sandyport, um resort ao estilo de Veneza; Cabbage Beach, em Paradise Island, uma das praias mais belas da região e ideal para caminhadas, natação e esportes aquáticos; Montagu Beach, onde está o Forte Montagu, construído no século 18 para proteger a entrada leste do Porto de Nassau. Ali – onde vendedores locais vendem frutos do mar frescos, frutas, legumes e verduras – acontece anualmente a Regata de Iatismo do Dia dos Namorados. As atrações naturais exuberantes prosseguem com o The Retreat (O Refúgio), um Parque Nacional e sede do Patrimônio Nacional das Bahamas. A área de quatro mil metros quadrados do parque conta com a maior coleção do mundo de palmeiras raras e exóticas. Orquídeas, alpinias rubras e samambaias deixam o parque ainda mais bonito. E no jardim tropical Ardasta Gardens & Conservation Center mais de 300 pássaros e répteis das Bahamas, do Caribe, da América Latina e do mundo são exibidos.
Arredores – A Blue Lagoon Island é uma ilhota a 20 minutos de barco de Nassau onde dá para encontrar golfinhos de perto.
Os restaurantes em Nassau/Paradise Island oferecem todo tipo de culinária desde cardápios internacionais até receitas bahamenses exóticas. As barracas da área de Arawak Cay oferecem refeições e lanches ao ar livre, tudo feito com delícias típicas. Estão lá o peixe frito, o conc – um molusco da região que tem carne branca e firme e fica muito bem em saladas –, o camarão grelhado, o rabo de lagosta grelhado, enfim uma enorme variedade de pratos com uma fascinante mistura de temperos. É comum a adição de suco de limão – que os bahamenses chamam de azedo – e pimenta. Para quem prefere um hambúrguer americano tradicional, Nassau é repleta de redes de fast food.
Desde 1992, o governo da Comunidade das Bahamas aboliu todos os impostos sobre importações em várias categorias como perfumes, cristais, produtos de couro, joias, relógios, equipamentos fotográficos, porcelanas, binóculos e telescópios e roupas de cama, mesa e banho. Para saber se uma loja é duty free, basta procurar o logotipo DFS. A economia nestes itens fica entre 25% a 50% em relação aos preços nos Estados Unidos, por exemplo. Típico nas Bahamas são os mercados de palha. O famoso Mercado de Palha de Nassau é o maior do mundo e fica aberto todos os dias. Tem grande variedade de esteiras, chapéus e cestas artesanais, além de roupas, joias, artesanato em madeira... Pechinchar os produtos artesanais com os vendedores locais faz parte do programa. O artesanato bahamense se apresenta em pinturas, tesouros marinhos, bijuterias de concha de conc – um tipo de molusco –, roupas, pintura em madeira trazida pelo mar, objetos em palha, cerâmica, bonecas de pinha, entre outros. Há também por toda Bahamas a arte Junkanoo – em acessórios, roupas e suvenires. O Junkanoo é uma festa que lembra o Carnaval do Rio de Janeiro.
• Nome: A geografia teve um papel crucial na história e no nome das Bahamas. Em 1492, Cristóvão Colombo chegou ao Novo Mundo na ilha de San Salvador, a Leste das Bahamas. Após observar o mar raso ao redor das ilhas, ele disse "baja mar" (mar raso) e batizou a área de Bahamas, ou Ilhas do Mar Raso. • Piratas: Do final dos anos 1600 ao início dos anos 1700 os piratas e corsários fizeram a festa na região – suas numerosas ilhas e ilhotas, com águas rasas e complexos canais, forneciam esconderijos excelentes para os navios saqueadores. Alguns nomes famosos incluem sir Francis Drake e Barba Negra. • História: Em 1961, quando Cuba foi fechada para turistas americanos, a sorte das Bahamas teve início. O governo buscou aumentar o número de turistas que a visitavam anualmente e desobstruiu o porto de Nassau para que ele pudesse acomodar vários navios de cruzeiro ao mesmo tempo. História II: Em 1964, a Grã-Bretanha concedeu às Bahamas um governo próprio limitado e, em 1969, a colônia das Bahamas se tornou membro do Commonwealth. Tornou-se legalmente uma nação em 10 de julho de 1973, data que marca a independência bahamense. • Furacões: Entre junho e novembro acontece a temporada de furacões. Mas o clima não chega a influenciar as decisões de viagem, embora informes imprecisos sobre furacões resultem às vezes em cancelamentos desnecessários. • Restaurante famoso: O restaurante do Graycliff já foi considerado um dos 10 melhores do mundo. Sua adega de vinhos é famosa: com cerca de 180 mil garrafas, já conquistou o Wine Spectators Grand Award. O Graycliff também tem outra surpresa: produz charutos artesanais feitos por enroladores de charuto que já foram da Cohiba – marca cubana. E também tem fama de ter uma das melhores seleções de charutos cubanos do mundo.
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12/04/2021
RCA Turismo