Sinônimo do amor e de romance. Novidade e informação a cada esquina. Essa cidade nunca será entediante. Talvez o tempo de uma vida inteira ainda não seja o suficiente para desvendá-la. Cortada pelo majestoso Rio Sena, acolhe com elegância os visitantes vindos do mundo inteiro. A maioria em busca do clássico circuito Louvre-Torre Eiffel-Arco do Triunfo-Champs Élysées. Mas seria um pecado limitar-se a esse roteiro. A variedade de atrativos de Paris é incomparável e só encontra paralelo em sua riqueza humana – essa, permeada por um curioso e empolgante multiculturalismo nascido dos milhões de imigrantes. Não se para por aí. A cidade é conhecida por sua excelente gastronomia. A culinária parisiense – em restaurantes, bistrôs, brasseries, bares e cafés com cardápios de dar água na boca – é listada desde 2010 no patrimônio cultural imaterial mundial da Unesco. Locomover-se também é uma diversão: a pé ou de metrô – estamos falando de uma das redes de metrô mais eficientes e completas do mundo –, o visitante se distrai com a autenticidade do modo de vida local enquanto se encontra em um palco de atrações, incluindo a arquitetura surpreendente da cidade. Razão nenhuma para não ir a Paris pelo menos uma vez na vida.
Boa parte das grandes – ou principais – atrações está ao longo do Rio Sena: Torre Eiffel, Saint-Chapelle, Museu do Louvre, Museu d'Orsay, Hotel des Invalides, Catedral de Notre Dame, Ponte Neuf... Mas há que se explorar o restante e lançar-se a conhecer as praças charmosas, monumentos como o Arco do Triunfo e o que cada bairro tem com sua peculiaridade. O que importa é que Paris é famosa em todo o mundo pela beleza e variedade de seus monumentos. A capital francesa não seria a mesma sem a Torre Eiffel, um de seus cartões-postais mais conhecidos mundialmente. Idealizada por Gustave Eiffel, a construção possui 324 metros de altura e possui três andares, onde existem um cinema, que conta a história de sua construção, o famoso restaurante Jules Verne e um museu de cera. O Arco do Triunfo (Arc de Triomphe) é outro monumento que não pode faltar no roteiro. Construído por ordem de Napoleão Bonaparte para celebrar a abundância do império francês na época, a imponente obra tem um terraço onde é possível apreciar uma das mais belas vistas parisienses. Para chegar em seu topo, o visitante deve ter fôlego para subir seus 284 degraus, mas o esforço vale a pena. A Champs-Élysées é uma das mais famosas avenidas do mundo. Arborizada ao longo dos 2 quilômetros que ligam o Arco de Triunfo à Place de la Concorde, é vizinha à residência oficial do presidente da República, o Élysées Palace. É nela que ocorre a grande festa de Réveillon em Paris e as principais celebrações de conquistas militares ou esportivas, como o desfile de 14 de Julho (A Queda da Bastilha) e a etapa final do Tour de France. No final da Champs-Élysées, a belíssima Place de la Concorde. O local testemunhou fatos marcantes da história francesa, normalmente banhados em sangue. Aqui ficava a guilhotina que decapitou mais de mil pessoas, entre elas o rei Luís XVI, Maria Antonieta e os líderes revolucionários Danton e Robespierre. Hoje o lugar guarda o Obelisco de Luxor, que, segundo a versão francesa, foi presente dos egípcios – embora também se diga que foi confisco dos franceses. O monumento está alinhado com o Arco do Triunfo e com o Arco de La Défense, inaugurado exatamente 200 anos após a Revolução Francesa. Há quem vá a Paris para visitar, principalmente, o Museu do Louvre (Musée du Louvre). Pudera, o lugar, que foi cenário do filme “O Código da Vinci”, possui aproximadamente 35 mil obras de arte, entre elas a famosa Monalisa, de Leonardo da Vinci, e a Vênus de Milo. Vale a pena reservar mais de um dia para conhecer o local, que tem nada menos que 210 mil metros quadrados. Turismo religioso – Entre os clássicos religiosos ainda há a estonteante Cathédrale de Notre-Dame (Catedral de Notre-Dame), situada na Île de la Cité, onde todas as estradas são medidas, fazendo referência a um marco zero localizado na praça. Esse templo gótico iniciado em 1163 e finalizado em 1345 viu Napoleão ser coroado em 1804 e tem vitrais, janelas, portais e pinturas que transportam o visitante à Idade Média. Vale a pena subir a pé os mais de 300 degraus até a torre e ver de perto as assustadoras gárgulas. Falando em turismo religioso, não dá para perder a Basilique du Sacré-Coeur (Basílica do Sagrado Coração). Iniciada em 1876 e concluída em 1919, fica num ponto magnífico, em Montmartre, com vista para toda a cidade. Já a Saint-Chapelle, no Boulevard Du Palais, é considerada uma obra-prima do estilo gótico inicial. Os tetos circulares pintados de azul, cercados por alguns dos vitrais mais antigos da França, são um deleite visual tanto na capela inferior quanto na superior, onde só as janelas medem 15 metros de altura. Foi construída com o objetivo de armazenar relíquias como a suposta coroa de espinhos de Jesus Cristo – hoje na Catedral de Notre Dame. Foram apenas sete anos entre o começo de sua construção e a sagração, em 1248. Outros – Mais lugares que merecem atenção incluem o Jardim de Luxemburgo. Criado no século 16 para cercar o palácio de mesmo nome, o Jardim de Luxemburgo fica mais bonito ainda na primavera. O palácio é, desde 1958, sede do Senado francês. O complexo ainda inclui o Museu de Luxemburgo, que organiza mostras temporárias com alguns dos principais artistas franceses e internacionais (Botticelli e Cézanne figuram entre os que passaram por aqui recentemente), e um teatro. Uma curiosidade: o jardim foi cenário de “Os Miseráveis”, de Victor Hugo. Já o Hotel des Invalides também tem história. Louis XIV ordenou a criação desse edifício no século 17 para abrigar feridos das guerras. Em 14 de julho de 1789, o lugar foi invadido e teve milhares de rifles roubados para serem usados na tomada da Bastilha. O túmulo de Napoleão Bonaparte está aqui. O Museu de l’Armée, maior acervo militar francês, também. A Opera Garnier é outra construção gloriosa. Em 1860, para homenagear a gloriosa França então comandada por Napoleão III, o arquiteto Charles Garnier venceu um concurso para desenhar a nova ópera de Paris. Ergueu um dos mais belos edifícios da capital. Dá para conhecer seu interior não só durante os concertos, mas também em visitas guiadas que dão acesso também ao museu da ópera. Museus – Amantes dos museus estarão no lugar certo. Os que apreciam artes plásticas devem seguir para lugares como Musée Rodin, que abriga 6.600 esculturas de cera a bronze, além de pinturas, rascunhos e fotografias, todos assinados por Auguste Rodin ou relacionados a ele; Musée d'Orsay, criado onde era uma antiga estação de trem e hoje é um dos mais conceituados museus de arte da Europa, com obras em sua maioria do século 19 e uma esplêndida seleção de quadros impressionistas, provavelmente a maior do mundo; ou o Centre Georges Pompidou, que conta com uma imensa biblioteca que acomoda até 2 mil usuários, diversas galerias dedicadas a exposições temporárias, cinema, salas de concerto e o MNAM (Museu Nacional de Arte Modern). História e arte se misturam em museus como o Musée Carnavalet. Ele conta a história de Paris por meio de descobrimentos arqueológicos de 4.600 a.C, até documentos importantes sobre a Revolução Francesa. O Cluny, como indica o seu outro nome, Musée National du Moyen Age, dedica a maior parte de seu espaço à arte produzida durante a Idade Média. Paris Mórbida e Histórica – As interessantes e famosas Catacumbas fazem a diversão de muita gente. Esse espaço 20 metros abaixo da terra foi criado no final do século 18 para receber crânios, perônios, clavículas e outras partes de pessoas mortas provenientes de todos os cemitérios da cidade. Mas o lado oculto de Paris não termina aí. Conhecer literalmente o subterrâneo de uma grande cidade pode não se limitar somente ao metrô. No caso de Paris, trata-se de uma interessante aventura por um sistema subterrâneo cujas origens estão no século 14. Esse trajeto de 500 metros, iniciado na Place de la Résistance, é uma inusitada aula de história no capítulo higiene, um assunto cujos problemas os parisienses já tentavam resolver na Idade Média. Existe até mesmo uma área que lembra passagens do livro “Os Miseráveis”, de Victor Hugo. Estamos falando do Museu dos Esgotos (Musée des Égouts). E que tal um cemitério povoado por ilustres. É o Père-Lachaise, onde estão enterrados escritores como Oscar Wilde, Honoré de Balzac e Marcel Proust, atrizes como Sarah Bernhardt, cantoras como Édith Piaf e compositores como Frédéric Chopin. Também está lá Jim Morrisson, líder do The Doors, que morou na capital francesa. Arredores – O Château de Versailles (Palácio de Versailles), maior e mais célebre palácio da França, é o retrato dos exageros delirantes e do requinte extremo da nobreza que mandou no país durante séculos. A construção serviu de casa para o Rei Luís XIV, o Rei Sol. A 35 minutos de trem de Paris, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, foi onde a rainha Maria Antonieta viveu sua vida de excessos antes de ser decapitada durante a Revolução Francesa. Para quem quer variar um pouco, dois parques temáticos fazem a alegria dos adultos e das crianças: um é a Disney de Paris, com Mickey e sua turma. O outro é a resposta francesa a eles, que é o Parque Astérix. Seu tema é o personagem Astérix – orgulhoso gaulês que se recusa a sucumbir à dominação dos romanos. Pura diversão baseada na história da França ao longo dos séculos. Vida noturna – À noite, Paris se torna mais festiva. A cidade oferece ótimas opções de concertos, bares e casas noturnas. O estilo parisiense mistura gêneros e épocas e oferece opções para todos os tipos de turistas. Uma das opções é conhecer o lendário e turístico Moulin Rouge, no bairro de Pigalle, que oferece shows de can-can e cabaré.
Uma viagem a Paris torna-se uma verdadeira jornada gastronômica quando se descobre certas preciosidades. A cidade tem de tudo, desde cafés aconchegantes até boulangeries (panificadoras) com delícias de dar água na boca (croissants, baguettes, brioches), passados por brasseries – tipo de restaurante descontraído que serve pratos mais comuns, porém deliciosos – até restaurantes estrelados pelo lendário Guia Michelin. O ratatouille – feito com legumes – e o escargot são os famosos pratos procurados por turistas, mas não dá para ignorar as pequenas surpresas dos menu du jour, servidos nos almoços a preços variados. Montar um sanduíche com uma baguette fresquinha e sentar-se para saboreá-lo com um queijo fantástico em um parque ou às margens do Sena também é uma ideia autêntica e deliciosa.
A cidade é um prato cheio para aqueles que não resistem a boas compras. Um nome: Champs-Élysées! A mais famosa avenida do mundo – talvez a mais glamourosa – é repleta de joalherias e lojas de grandes grifes. Outro endereço que reúne as marcas mais famosas do mundo é a região de Faubourg-St. Honoré, onde é possível encontrar lojas como Yves Saint Laurent, Missoni e Hermès. Na Avenue Montaigne, loucos por marcas encontram Fendi, Chanel, Jimmy Choo, Armani, Valentino, Ungaro, Prada, Salvatore Ferragamo, Ralph Lauren, Dolce et Gabbana, Gucci, Nina Ricci, Dior... Fora do circuito das grandes marcas, os bairros (quartier) do Marais e de Saint-Germain-des-Prés são preciosidades da capital francesa. No histórico Marais, ainda predominantemente residencial, encontram-se lojas interessantes nas ruas Francs-Bourgeois e Rosiers. Saint-Germain-des-Prés pode até abrigar algumas lojas de alto luxo, mas – localizado na Rive Gauche – guarda ares de contracultura e contestação sociopolítica, o que não dá muita chance para lojas elitistas. O forte da região são as ótimas livrarias, como a Shakespeare & Company, lojas de design e artigos para o lar. O famoso Marché aux Puces Saint-Ouen ou mercado de pulgas de Saint-Ouen, localizado no norte de Paris, é o lugar para encontrar roupas vintage, móveis antigos e raridades. E para quem gosta de produtos de beleza, perfumes e acessórios o nome é Galeries Lafayette – uma das principais lojas de departamentos da capital francesa. No Boulevard Haussmann, a loja tem seções dedicadas à moda masculina, feminina e infantil e uma ala completa de produtos gourmet e artigos para casa. Outro endereço semelhante é a Printemps, com vários andares de tudo o que se imagina encontrar numa loja de departamentos: artigos para cama, sala e cozinha, moda masculina, infantil e feminina, sapatos, bolsas, relógios, cosméticos, perfumes, acessórios esportivos, itens de decoração e designers clássicos e contemporâneos... É muita coisa mesmo.
• Paris, a Cidade Luz A capital francesa recebeu esse apelido não por causa da quantidade de lâmpadas espalhadas pelo seu território e tampouco por ser pioneira na descoberta da eletricidade. Paris começou a ser chamada assim por ter abrigado um movimento criado no século XVII, o Iluminismo. O grupo era chamado dessa forma porque seus membros tinham o objetivo de “iluminar” a mente humana com suas teorias sobre o Universo e a ciência.
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26/01/2021
RCA Turismo